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#005 - Vivemos em uma era de "Zumbis" - Drogas, Passividade, e monotonia.
Hoje decidimos trazer um tema um tanto quanto atípico: "Zumbis" - Mas não no sentido fictício, queremos lhe mostrar um pouco sobre: Como os zumbis são a mais pura representação do nosso verdadeiro apocalipse. O Apocalipse de nossas “Almas”.
Bom dia! Hoje decidimos trazer um tema um tanto quanto atípico: "Zumbis" - Mas não no sentido fictício, queremos lhe mostrar um pouco sobre: Como os zumbis são a mais pura representação do nosso verdadeiro apocalipse.
O Apocalipse de nossas “Almas”.
E vamos te mostrar também como compreender o verdadeiro significado de zumbi, te dará uma compreensão MUITO melhor sobre as crises pessoais que enfrentamos modernamente.
Então, pegue seu cafézinho e vamos lá…
O Estilo de vida moderno.

Parece Brincadeira quando falamos que estamos virando "Zumbis", mas no decorrer desta edição, você vai entender o verdadeiro significado de zumbis, mas antes de tudo, precisamos contextualizar o estilo de vida da nova geração…
De acordo com a OMS, mais de 80% dos adolescentes e 27% dos adultos não cumprem os níveis de atividade física recomendados pela OMS. Ou seja: Já são considerados sedentários.
E mais preocupante ainda é o impacto das tecnologias e das redes sociais em nosso cotidiano.
A quantidade de tempo que passamos na frente de telas, seja no trabalho, nas redes sociais ou assistindo a programas de entretenimento, tem um efeito significativo sobre nossa saúde mental e física.
O excesso de exposição às telas pode levar a um comportamento passivo, onde somos meros espectadores da vida ao invés de participantes ativos.
Entretanto… Quem dera se o sedentarismo fosse o único problema.
Estamos literalmente construindo uma geração de "Viciados e dopados".
Aqui vai alguns números para você ter ideia do que estamos falando…
Também De acordo com o instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a pesquisa mais recente (2019) mostrou que 55,3% dos estudantes do 9º ano do ensino fundamental já experimentaram ou experimentam com frequência álcool, enquanto 9,0% já fizeram/fazem uso de drogas ilícitas com frequência.
Esses números na verdade, só nos mostram que, de certa forma, a nova geração é a geração mais deprimida da história, enquanto, ao mesmo tempo é a mais conectada e que mais se “Diverte”.
Entretanto, essa diversão é “Passiva”. É uma diversão analgésica, que na verdade está apenas tentando “Desligar” as nossas consciências.
E falando em desligar a consciência…
Veja essas duas imagens abaixo, e nos responda: Simbolicamente falando, elas se parecem?

"A obra nos oferece uma imagem elaborada no sentido mais amplo. Esta imagem, enquanto a pudermos conhecer como símbolo, é passível de análise. Mas, se não conseguirmos descobrir nela um valor simbólico, estaremos constatando que ela nada mais significa, pelo menos para nós, do que aquilo que ela diz abertamente, ou seja: que ela é para nós nada mais do que aquilo que aparenta."
De acordo com o trabalho de John Vervaeke e Christopher Mastropietro, podemos constatar 8 simbolismos que compõem o significado essencial dos zumbis.
O conteúdo por trás da forma aparente, estes são:
Zumbis não falam.
Zumbis não possuem uma comunidade.
Zumbis são intocáveis.
Zumbis não possuem uma morada ou lar.
Zumbis são insaciáveis e consumistas.
Zumbis são feios e decadentes.
Zumbis são amorais, não possuem maldade.
E se você for correlacionar isso com a realidade, perceberá que as novas gerações cada vez mais seguem estes mesmos passos.
Vamos as definições..
1. Zumbis por definição não falam.

Logos é uma palavra originada do grego, que significa algo como “linguagem, palavra”. Também representa o princípio masculino de ordem e discernimento.
Zumbis não possuem logos, são incomunicáveis. Podemos inferir que, se zumbis não falam, também não pensam, existindo uma relação direta entre a falta de pensamento/fala com a desumanidade e bestialidade que o Zumbi representa.
Quantos de nós hoje simplesmente seguimos apenas crenças, pacotes de ideias, ideologias sem de fato a compreendermos? Por pura convenção social.
Quantos de nós, apenas aceitamos aquilo que é dito, sem de fato buscar a compreensão. Quantos estão amortizados pelo dia a dia?
Se você perceber, grande parte de nós não falamos verdadeiramente, apenas replicamos informações ou descrevemos o que vemos. Mas não compreendemos ou construímos ideias independentes.
2. Não possuímos comunidades.

Como cita Byung Chul Han, no livro "A Crise da Narração", o ser humano moderno não possui mais uma comunidade. Em vez de nos conectarmos por meio de histórias compartilhadas, agora nos comunicamos por meio de informações rápidas e superficiais, como posts em redes sociais e notícias instantâneas.
Isso resulta em uma falta de continuidade temporal e uma desconexão em relação ao passado e ao futuro, levando à perda do senso de comunidade e identidade compartilhada.
Nesse contexto, as pessoas passaram a viver em narrativas, ou seja, em fragmentos de informação que não se conectam em uma história coerente, em vez de viverem em narrativas, que têm uma estrutura temporal e causal mais clara.
Isso resulta em uma falta de sentido de continuidade e conexão com o passado e o futuro, levando a uma sensação de desorientação e alienação.
3. Somos insaciáveis e consumistas.

O consumo nunca esteve tão em alta quanto no século 21, e ao mesmo tempo, nunca estivemos tão insatisfeitos com nossas próprias vidas.
Um estudo da revista "Social Indicators Research" investigou a relação entre consumo material e felicidade em 132 países. Os pesquisadores descobriram que, embora o consumo material tenha aumentado globalmente, a felicidade subjetiva não aumentou na mesma proporção, pelo contrário, diminuiu.
Isso sugere que o aumento do consumo não está necessariamente correlacionado com maior satisfação pessoal.
Os pesquisadores concluíram que a busca por bens materiais pode levar à insatisfação crônica e ao aumento do estresse.
Em resumo, esses estudos e outros semelhantes sugerem que, embora o consumo esteja em alta no século 21, isso não se traduz necessariamente em maior felicidade ou satisfação com a vida.
Pelo contrário, o consumismo excessivo pode contribuir para sentimentos de insatisfação e busca constante por mais, sem trazer uma sensação duradoura de realização pessoal.
Enfim, sobre zumbis serem "Decadentes, amorais, intocáveis, e não possuirem morada ou lar" deixaremos para nos aprofundar mais nas próximas edições…
Mas, a grande ideia que queremos deixar claro para você é que: Os zumbis, são a mais pura representação do nosso apocalipse, a mais pura representação das grandes doenças da sociedade moderna.
O Apocalipse Zumbi nunca foi tão real.

Um dos temas principais acerca do gênero zumbi é que o mundo nunca mais será o mesmo, entretanto, o paradigma mudou.
A verdade é que hoje, a humanidade PRECISA se adaptar e sobreviver ao mundo pós-apocalíptico.
De maneira fundamental o mundo acabou, não existe tratamento ou cura para o “apocalipse zumbi”.
Apocalipse originalmente significa revelação, porém, não existe nada que é revelado que dê uma nova base para o significado do apocalipse zumbi.
A grande revelação dessas narrativas é que a visão de mundo e o sentido da existência se transformaram para sempre…
Agora resta apenas sobreviver? Devemos apenas evitar morrer para não nos transformarmos em um zumbi? Não exatamente…
Algumas pessoas prosperam no apocalipse zumbi, seja porque se entregam aos seus impulsos mais sombrios para sobreviver, ou, porque encontram um senso de propósito no restabelecimento da comunidade humana.
A verdade é que para sobreviver ao mundo pós-apocalíptico você precisa integrar aspectos sombrios da sua personalidade, que irão lhe assegurar a segurança e a periculosidade necessária para sobreviver nesse mundo caótico.
Mas também, é fundamental que desenvolvamos uma relação recíproca e saudável com uma comunidade, para a partir disso obter um sentido para a vida além da mera sobrevivência.
Para que possamos conseguir de fato explorar o que está além da matéria carnal, e possamos adentrar na profundidade da existência, de uma forma mais rica.
Pois a grande realidade é que nós estamos nos afundando em nós mesmos, perdidos e dopados. Pois perdemos a racionalidade, a personalidade e a consciência.
E para mudarmos esse cenário, precisaremos resgatar e reconstruir aquilo que verdadeiramente nos torna humanos: A comunidade, as nossas personalidades e aos poucos, desenvolvamos consciência sobre “O QUE É REAL, e o que REALMENTE importa”.
E é isso, que de fato nos livrará do apocalipse…
Enfim… Na próxima edição, falaremos sobre: Personalidade. O Elemento principal a ser desenvolvido no ser humano, que o tornará ele um ser pensante, crítico e capaz de experienciar de forma profunda a riqueza da vida.
Nos vemos em Breve…
